O que entendemos por recepção da bola?
No nosso entendimento é o seu controlo, o seu domínio, sem o qual, não poderemos executar, melhor dizendo, não se poderá tirar o máximo rendimento de qualquer outro gesto técnico.
Como poderá ser feita a recepção da bola?
Ela poderá ser feita sob a forma de travagem, semi-travagem, e amortecimento.
Como definiremos estas formas:
a) Travagem
Consiste na imobilização da bola pela utilização simultânea do terreno e da superfície corporal que a recebe;
NOTA: Este sistema de recepção da bola tem o inconveniente de tirar velocidade ao jogo, porque a bola fica imobilizada sob o pé do jogador.
b) Semi-travagem
Consiste no domínio da bola, fazendo-a rolar no terreno após o impacto solo superfície de contacto;
c) Amortecimento
Consiste na recepção da bola fazendo o uso exclusivo da superfície corporal, mas, sem auxílio do solo.
Para a recepção da bola assistem fundamentos básicos que serão os seguintes:
a) Receber o esférico reduzindo-lhe a velocidade de que vem animado, de forma a permitir a execução técnica do jogador nas melhores condições;
b) No momento que precede o impacto o pé de contacto, pela superfície desejada (parte interna, peito do pé ou parte externa), é levado à frente do pé de apoio e atrás da bola;
c) No momento do impacto da bola, o pé utilizado é arrastado descontraídamente para trás de forma a anular a força que a bola trás imobilizando-a;
d) A perna de apoio está ligeiramente flectida e o corpo ligeiramente inclinado para a frente, de forma a obter o maior equilíbrio do corpo.
Nos casos específicos da recepção da bola com as coxas, peito, e com a testa, convém observar alguns fundamentos básicos, que serão:
a) Amortecimento com a coxa (parte anterior)
1 - A perna de controlo da bola está flectida e o pé em extensão;
2 - No momento do contacto bola/coxa, esta recua ligeiramente de modo a que caia no solo suavemente.
b) Amortecimento com a coxa (parte interna)
1 - Ponta do pé e o joelho da perna do controlo está voltada para fora;
2 - No momento do impacto a perna roda para fora e para trás, para que a superfície de contacto seja melhor o que permite reduzir a velocidade da bola;
c) Amortecimento com o peito
1 - Pés ligeiramente afastados, paralelos, as pernas ligeiramente flectidas e braços afastados do corpo e flectidos;
2 - No momento que precede o impacto, as pernas devem flectir-se um pouco mais, levando o tronco ainda mais para trás;
3 - No momento do impacto o tronco é levado para a frente e para cima numa rápida extensão das pernas.
d) Amortecimento com a testa
1 - O corpo, se apoiado no solo, está apoiado sobre os dois pés, ligeiramente afastados e pernas flectidas;
2 - No momento do impacto, há um recuo da testa seguida de um abaixamento do tronco e de uma ligeira flexão das pernas;
3 - Se o gesto é executado com o corpo em suspensão, o abaixamento do tronco e a respectiva travagem da bola são favorecidos pela sincronização com a fase descendente do corpo.
Estas técnicas são muito difíceis de executar, pois exigem uma grande coordenação neuro-muscular.
2007/05/24
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